QUESTÃO 1
A cada dia que se passa fica cada vez mais claro a necessidade de, nós professores, desenvolvermos as nossas habilidades e competências. Pois, somente assim, seremos capazes de realizar o mesmo em nossos alunos. Afinal de contas: como é possível desenvolver a criatividade nos alunos se não somos criativos? Como desenvolver a crítica documental histórica, no ensino e na pesquisa, se nós mesmos não soubermos realizar isso? Ou mesmo, como problematizar historicamente uma questão com os alunos quando não somos, nós mesmos, capazes?
Pensando nesta necessidade, o MAPA de História Medieval tem como principal objetivo ajuda-lo a desenvolver essas competências citadas acima. Para isso, analise o case e as orientações de atividade a seguir.
Case:
Você é uma professora(o) de História da 1ª série do Ensino Médio e, buscando desenvolver a competência de crítica documental em seus alunos acerca do tema Cruzadas, você separou esses dois trechos documentais:
Texto 1
“A todo que partirem e morrerem no caminho, em terra ou mar, ou que perderem a vida combatendo os pagãos será concedida a remissão dos pecados. Que combatam os infiéis os que até agora se dedicavam a guerra privadas, com grande prejuízo dos fiéis. Que sejam doravante cavaleiros de Cristo os que não eram senão bandoleiros. Que lutem agora contra os bárbaros os que se batiam contra irmãos e seus pais. Que recebam as recompensas eternas os que até então lutavam por ganhos miseráveis. Que tenham uma dupla recompensa os que se esgotavam em detrimento do corpo e da alma. A terra que habitam é estreita e miserável, mas no território sagrado do oriente há extensões de onde jorram leite e mel (...)”
Pensando nesta necessidade, o MAPA de História Medieval tem como principal objetivo ajuda-lo a desenvolver essas competências citadas acima. Para isso, analise o case e as orientações de atividade a seguir.
Case:
Você é uma professora(o) de História da 1ª série do Ensino Médio e, buscando desenvolver a competência de crítica documental em seus alunos acerca do tema Cruzadas, você separou esses dois trechos documentais:
Texto 1
“A todo que partirem e morrerem no caminho, em terra ou mar, ou que perderem a vida combatendo os pagãos será concedida a remissão dos pecados. Que combatam os infiéis os que até agora se dedicavam a guerra privadas, com grande prejuízo dos fiéis. Que sejam doravante cavaleiros de Cristo os que não eram senão bandoleiros. Que lutem agora contra os bárbaros os que se batiam contra irmãos e seus pais. Que recebam as recompensas eternas os que até então lutavam por ganhos miseráveis. Que tenham uma dupla recompensa os que se esgotavam em detrimento do corpo e da alma. A terra que habitam é estreita e miserável, mas no território sagrado do oriente há extensões de onde jorram leite e mel (...)”
Papa Urbano II no Concílio de Clermont em novembro de 1095. In: FRANCO JÚNIOR, Hilário. As Cruzadas. São Paulo: Moderna, 1999, p. 27.
Texto 2
“Mas os soldados de Cristo combatem confiantes nas batalhas do Senhor, sem nenhum temor de pecar por pôr-se em perigo de morte e por matar o inimigo. Para eles, morrer ou matar por Cristo não implica qualquer crime, pelo contrário, traz a máxima glória”.
San Bernardo de Claraval. In: Elogio de la nueva milicia templaria. Madrid: Siruela, 2005. p. 45
Antes de apresentar e trabalhar esses documentos com seus alunos é necessário realizar uma crítica documental, para assim, descobrir quais elementos estão presentes nos documentos e que colaboram para que os alunos compreendam melhor a Idade Média, assim como, o próprio contexto em que vivem. Sendo assim, siga as orientações a seguir:
1) Leia atentamente a Unidade IV do seu livro didático - As cruzadas e as transformações na Europa medieval.
2) Em seguida, leia e analise os documentos de forma separada.
3) Compare os dois documentos.
4) Realize uma pesquisa acerca dos dois escritores dos documentos.
5) Produza um texto dissertativo-argumentativo explicando os seguintes elementos:
a) Qual a principal ideia desenvolvida em cada um dos dois documentos?
b) De que forma podemos relacionar as ideias dos dois documentos?
c) Como podemos relacionar essas ideias ao contexto histórico em que eles estavam vivendo?
d) Qual era o objetivo dos autores?
e) Em qual excerto do documento do texto1, é possível notarmos que as Cruzadas podem ser considerados uma “válvula de escape” para os problemas territoriais da Europa?
f) Por último, mas não menos importante, como podemos problematizar essas ideias e relacioná-las com o nosso atual contexto histórico?
Orientações:
- Faça seu MAPA em forma de um texto dissertativo-argumentativo, com no máximo 2 laudas (páginas).
- Desenvolva em seu texto todos os conteúdos elencados.
- Leia novamente o que escreveu, amplie as ideias e conclua sua atividade.
- Para auxiliar no desenvolvimento do MAPA, assista ao vídeo, disponível na Sala do Café, faça uso de seu livro didático e das leituras complementares, disponíveis no Material da Disciplina.
- Lembre-se que a adequação do texto às normas da ABNT é fundamental. Assim, atente-se às citações e à indicação das referências às suas fontes no final do texto.
- Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviá-lo.
- Formate seu texto com as seguintes configurações: Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5, texto justificado.
- O formato do arquivo deve ser “texto” (doc ou docx).
- Envie seu MAPA no template padrão disponível no material da disciplina.
Atenção:
- Para anexar o arquivo na atividade, clique sobre o botão "Selecionar arquivo". Após anexar o trabalho e certificar-se que se trata do arquivo correto, clique no botão "Responder" e, posteriormente, em "Finalizar".
- Após "Finalizar a Atividade", não será possível reenviá-la ou realizar qualquer modificação no arquivo enviado.
Bom trabalho!
Olá,
O MAPA lhe permite vivenciar a experiência imersiva da disciplina próxima a realidade prática, veja como foi sua avaliação:
Nota / Valor Descrição dos critérios:
0.70 / 0.70 1. Identificação da Guerra Santa medieval.
1.00 / 1.00 2. Relacionar os dois documentos.
1.00 / 1.00 3. Motivos religiosos e materiais das Cruzadas.
1.00 / 1.00 4. Relação do tema com os dias atuais.
0.30 / 0.30 5. Gramática.
0.10 / 0.10 6. Formulário
0.40 / 0.40 7. ABNT
-----------
4.50 / 4.50 Nota final
Parabéns, seu MAPA está excelente! Você analisou de maneira assertiva os documentos que tratam do período medieval, contemplando a relação dos discursos religiosos promovidos pela Igreja Católica no período com os dias atuais.
Bons estudos! Tutora Amanda.
AS CRUZADAS E SEUS REFLEXOS NOS DIAS ATUAIS
Em 27 de novembro de 1095, Urbano II pregou um sermão público para fora da
cidade de Clermont, no centro da França, convocando todos a participar da Primeira Cruzada
uma nova forma de Guerra Santa. O texto do Papa Urbano II, é uma chamado para que
todos lutem pela cruzada e sua tentativa de reconciliar com a igreja e com Deus os
pecadores, em recompensa salvando-os com a vida eterna, dissipando a ideia da cristandade
e de suas experiências com as suas lutas convocou a todos para sua Guerra Santa apelando
para os motivos religiosos.
O texto dois de San Bernardo de Claraval, os "soldados de Cristo" eram de todas as
classes sociais nobres e camponeses, vistos como homens de honra por matar em nome de
Cristo, e isso não constituía nenhum crime na visão de Claraval, esses homens voluntários
iriam combater os mouros (invasores islâmicos) na Europa e em Jerusalém.
A semelhança entre os dois textos é que ambos falam dos homens voluntariados e que
os motivos deles aceitar a luta variavam de crenças religiosas, na qual de acordo com o
material disponibilizado pela professora nas aulas da disciplina, eram a principal motivação
ideológica dos Cruzados, como também esses homens buscaram a oportunidade de ganhos
econômicos e retomada dos seus territórios.
As Cruzadas foram uma série de guerras religiosas entre cristãos e muçulmanos seu
contexto histórico era principalmente para garantir o controle de locais considerados
sagrados por ambos os grupos. Ao todo, oito grandes expedições cruzadas ocorreram entre
1096 e 1291. Os conflitos sangrentos, violentos e muitas vezes implacáveis impulsionaram o
status dos cristãos europeus, tornando-os protagonistas na luta por terras no Oriente Médio.
( PEREIRA, 2021).
O objetivo dos dois autores era fazer a defesa dos locais considerados sagrados da
Palestina, contra os muçulmanos, taxados como infiéis. É claro que aqueles que respondem
ao seu chamado foram inspirados por uma série de motivos além do religioso: materiais,
políticos, sociais e culturais. No entanto, eles foram atraídos para a visão de uma campanha
militar de ideias peregrinas de uma guerra santa.
O excerto do documento do texto1, que notarmos que as Cruzadas podem ser
considerados uma “válvula de escape” para os problemas territoriais da Europa é: “A terra
que habitam é estreita e miserável, mas no território sagrado do oriente há extensões de onde
jorram leite e mel”. (PAPA URBANO II, 1999, apud FRANCO JÚNIOR, p.27).
Também como resultado do sucesso da Cruzada, os papas começaram a convocar
cruzadas em outros teatros de guerra. Estes incluíram cruzadas contra os partidos da
Reconquistada Península Ibérica, e contra oponentes não muçulmanos, como cruzadas
bálticas contra pagãos, como cruzadas albigenses no sul da França contra hereges cátaros e
'políticas cruzadas' contra inimigos dos estados papais. As cruzadas se ampliaram para se
tornar autorizadas contra quaisquer guerras santas, pagãos e inimigos do pagão para quais os
cruzados fizeram votos e ganharam privilégios especiais. Além disso, dos séculos XIV ao
XVIII, os papas continuaram a convocar cruzadas contra turcos e otomanos para proteger a
Europa cristã. Embora as cruzadas fossem um fenômeno medieval, seu legado sobreviveu.
(RIST, 2009).
Quando analisamos a história das cruzadas queremos acreditar que o passado
determina o presente – que são capítulos diferentes no mesmo conflito em apenas andamento
– e muitas pessoas estão convencidas de que as contas antigas devem ser acertadas.
O que se perde nessa exploração moderna da história dos cruzados é sua realidade
complexa. Esse período da média testemunhou muita violência, mas também os tempos de
cooperação, e aliança militar, intercâmbio de bens e ciência e formas de religião religiosa e
cruzadas. Quando a história das cruzadas foi escrita, a partir do século 19, os mecanismos
foram atraídos por sua violência. (PEREIRA, 2021).
Ainda com a memória construída das cruzadas com mentalidade que como motivou.
Líderes religiosos e nacionais populistas constroem mitos em torno das cruzadas para
promover suas agendas religiosas ou políticas, incitando seus seguidores a vingar as cruzadas
ou a continuar nos passos das cruzadas.
REFERÊNCIAS
CLARAVAL, San Bernardo de. Elogio de la nueva milicia templaria. Madrid: Siruela,
2005. p. 45.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Papa Urbano II no Concílio de Clermont em novembro de
1095. As Cruzadas. São Paulo: Moderna, 1999, p. 27.
PEREIRA, Luciene Maria Pires. História Medieval. Maringá-PR, 2009, reimpresso 2021.
Unicesumar.
RIST, Rebecca. O Papado e a Cruzada na Europa. Nova York, NY. Editora Continuum,
2009.
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