1)
“A Educação Patrimonial é uma metodologia que busca a valorização dos bens culturais a
partir das manifestações materiais (objetos). Essa metodologia, desenvolvida junto aos
diferentes grupos formadores da sociedade, viabiliza a formação das suas identidades,
aumento da autoestima e posterior valorização dos bens culturais”.
SOARES, André L. e KLAMT, Sérgio C. (orgs). Educação patrimonial: teoria e prática. Santa
Maria: Ed. da UFSM, 2007, p. 7.
Podemos apontar como pressupostos da educação patrimonial:
Resposta: E
Comentário: A educação patrimonial tem sido vista como um recurso
importante de preservação na medida em que considera que os bens culturais
devem ter signicado
para as comunidades nas quais estão inseridos, que
devem ser consideradas em sua condição de cidadania, contribuindo para a
construção de sua identidade social.
_____________________________________________________________________________
2)
Assim, o patrimônio histórico edicado
não para de se enriquecer com novos tesouros,
que não deixam de ser cada vez mais valorizados e explorados. A indústria patrimonial,
enxertada sobre práticas com uma vocação pedagógica e democrática não lucrativa, foi
lançada, em primeiro lugar, a fundo perdido, na perspectiva e na hipótese do
desenvolvimento e do turismo. Ela representa, hoje em dia, diretamente ou não, uma parte
crescente do orçamento e do lucro das nações. Para muitos Estados, regiões e
municipalidades, ela signica
a sobrevivência e o futuro econômico. É por isso que a
valorização do patrimônio histórico é um empreendimento considerável.”
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. Lisboa: Edições 70, 2000, p. 196-197.
O trecho acima aponta a importância da exploração econômica do turismo com relação ao
patrimônio edicado.
Sobre esse assunto, é preciso considerar também:
Resposta: E
Comentário: A exploração turística do patrimônio tem vários riscos que
decorrem sobretudo da sua instrumentalização como mera criadora de
empregos e de renda, sem considerar os signicados
histórico e culturais a
serem preservados e veiculados.
_____________________________________________________________________________
3)
“Há uma sutil interrogação: como preservar, quando, onde, de que maneira? Não se pode
deixar de incluir a vida. Não há cidade morta porque se a cidade está morta vira um centro
de turismo, e não me parece ser este o nosso objetivo. Ora, se é no Velho Mundo, nos
grandes países ricos e poderosos, que com mais facilidade se admite agir com moderado
rigor, se é assim para eles, imagine para nós! Olinda, com seus quatrocentos anos, não é
uma cidade morta. Ao contrário, é uma cidade viva, é uma cidade em que você sente uma
enorme vitalidade quando se aproxima dela. É uma cidade que tem criança na rua. Como resolver esse problema? Como guardar, preservar e não cercear a dinâmica de vida própria
de uma comunidade nova? ”
MAGALHÃES, Aloísio. E triunfo? A questão dos bens culturais no Brasil. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira; Brasília Fundação Pró-memória, 1985, p. 86.
O trecho acima, de Aloísio Magalhães, revela a sua preocupação com:
Resposta: A
Comentário: Aloísio Magalhães revela nesse trecho sua visão de cultura como
algo vivo e suas preocupações quanto a um possível congelamento das cidades
históricas pelas políticas de preservação que não deveriam conduzir à sua
museicação,
mas sim manter sua dinâmica e nela incluir os bens a serem
preservados
_____________________________________________________________________________
4)
O patrimônio cultural constitui-se de bens heterogêneos tangíveis e intangíveis, cuja base
comum é a referência à história ou à arte. O patrimônio é vivo, permanentemente em
processo, e sua conguração
constitui-se por meio das relações que uma sociedade
mantém com sua história”.
BENHAMOU, Françoise. Economia do patrimônio cultural. São Paulo: Edições SESC São
Paulo, 2016.
Se o patrimônio é processo em construção permanente, qual seria a importância das
políticas de preservação, conservação e restauro?
Resposta: A
Comentário: Tendo em vista a grande valorização que temos assistido do novo
e do moderno, as ações de preservação têm a função de proteger os bens
culturais das transformações e danicações
que poderiam impedir a fruição do
seu valor artístico, cultural e documental.
_____________________________________________________________________________
5)
Ao se considerar os efeitos nas comunidades das políticas de preservação do patrimônio
imaterial é possível apontar efeitos benécos
com relação à manutenção das tradições e
construção de identidades, mas há riscos que devem ser considerados. Uma preocupação é
quanto a possíveis efeitos danosos de intervenções externas, sobretudo no caso de
comunidades tradicionais, ao chamar a atenção para o valor e o potencial econômico dos
bens registrados. Isto porque:
Resposta: B
Comentário: A atribuição de valor a manifestações culturais pela ação dos
órgãos de preservação chama atenção de populações externas às
comunidades despertando o interesse de conhecê-las, o que pode torná-las
alvo de turismo cultural na forma de espetáculos, o que descaracteriza o seu
sentido social.
_____________________________________________________________________________
6)
Em 1964 foi promulgada a Carta de Veneza no Congresso Internacional de Arquitetos e
Técnicos de Monumentos Históricos patrocinado pela Unesco, que se tornou por longo
tempo a principal referência dos documentos que trataram posteriormente das
intervenções físicas no patrimônio. Entre suas diretrizes de intervenção, podemos apontar:
Resposta: A
Comentário: A Carta de Veneza serviu de principal referência para as obras de
restauro por muitas décadas e tem reexos
até os nossos dias, destacando-se
sua concepção de que as obras de restauro deveriam deixar claras as
intervenções feitas, sem se confundir com as características originais,
demonstrando a época em que foram feitas. Também os acréscimos e
modicações
no tempo deveriam ser considerados, não se pretendendo, de
forma acrítica, o retorno às características originais
_____________________________________________________________________________
7)
Entre as referências teóricas que norteiam as obras de conservação e restauro em nível
mundial e também no Brasil destacam-se as ideias de Cesare Brandi (1906-1988), entre as
quais, podemos destacar:
Resposta: A
Comentário: Cesare Brandi preconizava que as obras de restauro deveriam
buscar a unidade potencial da obra sem deixar de demonstrar a passagem do
tempo. As intervenções deveriam demostrar isso e serem facilmente
reconhecíveis, permitindo, inclusive, serem reversíveis.
_____________________________________________________________________________
8)
Na década de 1930 surgiram e foram difundidos os primeiros documentos que buscavam
regulamentar as práticas de conservação e restauro no plano internacional. Essas primeiras
iniciativas buscaram, principalmente, resolver problemas que emergiram no século XIX,
com a restauração de grandes monumentos e com a preservação de importantes sítios
arqueológicos cujas intervenções nem sempre bem- sucedidas e sem critérios
estabelecidos chamaram a atenção para se criarem normas nessa área. A Carta de Atenas,
elaborada em 1931 pelo Escritório Internacional dos Museus da Sociedade das Nações e a
homônima Carta de Atenas, do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (Ciam), de
1933, traziam como princípios gerais:
Resposta: A
Comentário: As Cartas de Atenas foram declaradas em resposta às intervenções do século XIX que buscavam imitar as características originais
fazendo reconstruções estilísticas de acordo com técnicas já não em uso, e a
isso se opuseram. Armaram
também de forma inédita a primazia do interesse
público sobre o particular nesse âmbito da conservação e restauro.
_____________________________________________________________________________
9)
No Brasil, à medida que o próprio conceito de patrimônio se alarga a partir da década de
1980 e assume uma perspectiva mais inclusiva, considerando a pluralidade e a diversidade,
novas práticas de preservação se impõem. A educação passa a ser vista como recurso de
conscientização sobre a importância do patrimônio. Mas falar em conscientização implica
na visão de que o indivíduo a ser conscientizado não sabe e deve ser levado a saber – numa
concepção que coloca a cultura daquele “que sabe” como superior à do que “não sabe”. As
propostas mais recentes de educação patrimonial têm alterado essa visão, pois:
Resposta: C
Comentário: A visão é de que a efetiva preservação se dá à medida em que a
comunidade nele se reconhece e a ele atribui signicado.
A participação da
comunidade é essencial nas decisões do que preservar e de que forma. As
ações educacionais devem ocorrer para promover essa participação,
reconhecendo-se o saber das populações, esperando-se do professor que atue
como mediador nesse processo.
_____________________________________________________________________________
10)
Os anos de 1990, no campo do patrimônio, caracterizaram-se pela consolidação da ideia de
diversidade cultural como principal referência para a formulação de políticas de
preservação e por uma noção de patrimônio ampliada pela inclusão de bens culturais de
natureza imaterial. A preservação assume novos signicados,
como “salvaguarda”, visando
garantir a viabilidade do bem cultural em ações como:
Resposta: A
Comentário: A noção ampliada de patrimônio cultural coloca em cena um tipo
de preservação que deveria permitir a reprodução e fruição desses bens sem
congelá-los em critérios de imutabilidade e autenticidade. A ideia de
salvaguarda enfatiza as ações de identicação,
registro, transmissão e
revitalização
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